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O papel do educador na relação com o aluno

O papel do educador na relação com o aluno

O ensino na sala de aula não deve ter como finalidade a aquisição de conhecimentos aprendidos por repetição, constituindo só um controle de conhecimentos. Preconizamos que o ensino deve desenvolver primeiro as possibilidades, as aptidões de cada um, a fim de permitir "aprender a aprender", expressão muito em moda atualmente mas pouco colocada em prática.

O que importa é a experiência da criança, mais do que resultado do trabalho de aquisições das habilidades motoras. Portanto, constitui um grave erro pedagógico para um educador querer acelerar o processo de aprendizado através de uma ação intempestiva maçante. Seu papel é o de educar, de favorecer os ensaios, os erros e o ajustamento... E não de substituir as técnicas no jogo, particularmente educativo, neste processo adaptativo.

Tocamos, aqui, no ponto crucial do problema: "a parte do professor." É importante propor mas não impor, deve-se propor à criança, no momento oportuno, no momento em que ela está sensibilizada, disposta a colher; este é o papel do professor, papel delicado.

Isto demanda uma grande disponibilidade do educador, um saber fazer que só se adquire através de experiência, já que levando a criança a se ultrapassar, o educador deve fazer esforço, ele mesmo, para se ultrapassar também.

"O importante é não deixarmos as crianças experimentarem anarquicamente fora da experiência do adulto. O importante é que a autoridade do adulto não seja imposta à expressão infantil, senão que seja colaboradora"

FreinetFreinet

Célestin Freinet- 1896 a 1966. Renomado Pedagogo francês, cuja concepção centra-se na criança e baseia-se sobre os princípios de senso de responsabilidade, senso cooperativo, sociabilidade, julgamento pessoal, autonomia, expressão, criatividade, comunicação, reflexão individual e coletiva, e afetividade.